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Patos de Minas - MG
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 História 

O processo de colonização da região ocupada hoje pelo município de Patos de Minas e distritos vizinhos teve início, provavelmente, na metade do século XVIII, período que antecede à descoberta do ouro nas regiões das minas com o movimento das entradas e bandeiras rumo às terras de Paracatu.

A picada de Goiás foi o primeiro caminho oficial aberto das Minas Gerais ao território de Goiás. A partir desse período, encontra-se registrada a denominação "Os Patos" para designar a povoação à beira desse caminho. O Município surgiu às margens das fontes de àguas do caminho de São João Del Rei à Paracatu em busca de ouro.

A doação de terras a Santo Antônio, em 1826, para edificação de um templo e para acomodar os povos, por parte de Antônio Joaquim da Silva Guerra e de sua mulher Luiza Corrêa de Andrade, propiciou a origem do Arraial de Santo Antônio da Beira do Paranaíba. A criação da vila ocorreu em 1866 e a instalação em 1868.

 O surgimento da cidade

A cidade de Patos de Minas surgiu na segunda década do século XIX em torno da Lagoa dos Patos, onde segundo as descrições históricas existia uma enorme quantidade de patos silvestres. Os primeiros habitantes foram lavradores e criadores de gado, sendo muito visitados por tropeiros. O povoado, à beira do rio Paranaíba, cresceu, virou arraial e depois vila, a devota vila de Santo Antônio dos Patos.

Em 24 de maio de 1892, o presidente do Estado de Minas Gerais eleva a vila à categoria de cidade de Patos de Minas. Em 1943, o governo do Estado mudou o nome para Guaratinga, provocando insatisfação na população . Atendendo aos apelos populares em 03 de junho de 1945, muda novamente para Patos de Minas para distingui-lo de Patos da Paraíba, município mais antigo. Seu aniversário é comemorado em 24 de maio, ocasião em que se realiza a "Festa Nacional do Milho".

Década de 30 - O desenvolvimento maior do município ocorreu na década de 30 pelos melhoramentos executados pelo Governo do Estado, cujo Presidente era Olegário Dias Maciel. Em seu governo, instalou-se e construiu-se a sede da Escola Normal (hoje, Escola Estadual "Professor Antônio Dias Maciel", o Hospital Regional "Antônio Dias Maciel, o Fórum " Olympio Borges" e o grupo escolar " Marcolino de Barros". Essas obras ampliaram muito as influências do município na região.

Década de 50 - A década de 50 foi de grande avanço regional. Houve grande surto migratório e a instalação de grandes firmas comerciais nos mais diversos segmentos. Nessa época, construiu-se o primeiro terminal rodoviário e iniciou-se a comemoração da Festa Nacional do Milho.

Décadas de 60 e 70 - Neste período em que o país vivia sob pressão da ditadura militar, houve certa estagnação econômica, motivada pela mudança da capital do país para Brasília. Grande parte da população local se deslocou para lá em busca de emprego. A capital continuou atraindo os patenses, principalmente com a criação das universidades. Ainda hoje existe em Brasília uma colônia significativa de patenses.
Esse momento foi marcado pela instalação da CEMIG, fundação do Colégio Municipal, transformado em Escola Estadual "Professor Zama Maciel"; a criação da Fundação Educacional de Patos de Minas, com a instalação do primeiro curso superior, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1970, e a consolidação da rede rodoviária com o asfaltamento das BRs 354 e 365, ligando o município à capital do Estado e ao nordeste do país.

Final dos anos 70 - A descoberta da jazida de Fosfato Sedimentar, na localidade da Rocinha, no final dos anos 70, projetou Patos de Minas nacionalmente, ocasionando a primeira visita do Presidente da República à cidade, o General Ernesto Geisel em 1974.

Criação das primeiras empresas de sementes - Na área agrícola, houve crescente desenvolvimento técnico, iniciado pelas Sementes Agroceres S/A e Sementes Ribeiral Ltda

Implantação do primeiro núcleo de genética suína do país - Neste época foi implantado pela Agroceres o primeiro núcleo de genética suína do país.

Instalação da colônia gaúcha - Esse período também foi marcado pela imigração gaúcha que fixou suas residências e escritórios de venda de sementes em Patos de Minas. O cultivo era feito na região de cerrado vizinha do município, principalmente Presidente Olegário e São Gonçalo do Abaeté.
Neste período foi grande o desenvolvimento comercial com a implantação de indústrias de confecções e a instalação de uma unidade da CICA, maior processadora de tomates da América Latina, promovendo o crescimento de cultivo de milho doce, ervilha e tomate na região.

 Vestígios Indígenas

Estudos comprovam a predominância de tribos indígenas no período que antecede a dominação branca na região. Segundo Antré Prous, autor do livro "Arqueologia Brasileira", costuma-se atribuir aos "Cataguás", a ocupação da região sudoeste mineira, tribo que resistiu bravamente aos invasores brancos, mas que não chegou a ser estudada. A existência de vestígios arqueológicos são as marcas deixadas por estas nações. 

 Alguns Bens Públicos tombados pelo Patrimônio Histórico:

Casa de Olegário Dias Maciel (1915)
Tombada em 14 de abril de 1997

Fórum Olympio Borges (1934)
Tombado em 14 de abril de 1997

Escola Estadual "Professor Antônio Dias Maciel" (1933)
Tombada em 06 de maio de 1998

Escola Estadual "Marcolino de Barros" (1934)
Tombada em 14 de abril de 1998

Avenida Getúlio Vargas
Cartão de visita da cidade, tombada em 22 de maio de 1998

Praça Dom Eduardo
Pólo irradiador da organização espacial da cidade, tombada em 14 de abril de 2000.

Ponte sobre o Rio Paranaíba (1926)
Primeira obra do gênero na América do Sul
Tombada em 14 de abril de 2000

Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus (1955)
Tombada em 28 de dezembro de 2000

Os templos eclesiásticos do final do século XIX, nos distritos de Santana de Patos e do Chumbo também foram tombados pelo município.

Igreja de Nossa Senhora das Dores, Distrito de Chumbo, tombada em 14 de abril de 1998.

Encontram-se ainda, no distrito de Santana, alguns casarões em estilo colonial rústico do século XIX, de interesse de preservação.


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